Revista Galwan 2019
U ma das músicas mais atuais do mo- mento é “Diáspora” da banda Triba- listas, porque canta exatamente o fe- nômeno das migrações pelo mundo. Não à toa, o assunto é um dos temas centrais da 58ª Bienal de Veneza, que começou em maio e se estende até novembro, na cidade italiana. Em ano de Bienal de Veneza ela é a estrela do calendário de mostras, como não poderia dei- xar de ser. Mas por aqui, em solo nacional, a estrela é a ArtRio 2019, de 18 a 22 de setembro. Embora a Bienal em Veneza seja a principal do calendário deste ano, ela puxa uma dezena de sugestões de mostras, feiras, exposições que realmente sacodem e viram pelo avesso quem as visitam. Essas sempre foram as principais fun- ções da arte: inquietar, provocar, levar ao silên- cio, fazer pensar e adquirir inusitados trabalhos. O tema das migrações na Mostra de Veneza é ressaltado pelo maior naufrágio que ocor- reu no mar Mediterrâneo, em abril de 2015, no qual cerca de 800 imigrantes morreram no Canal da Sicília. Essa tragédia é exposta pela obra “Barca Nostra”, do artista suíço Cristoph Buchel, que conseguiu liberação do Ministério da Defesa Italiana e do Comitê que representa as vítimas para expor os destroços da embarcação nas águas do Arsenal, estaleiro Veneziano. A obra ficará lá enquanto a bienal durar. CULTURA Bienal de Veneza Rose Frizzera “Barca Nostra”, do artista suíço Cristoph Buchel Bienal de Veneza R e v i s t a G a l w a n • 15
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