Revista Galwan 2020
ARTIGO • Instalação de barras em frente ao vaso sanitário, dentro do box ou, em alguns casos, no corredor. Levantar do vaso pode ser uma tarefa muito li- mitante devido a fraqueza das pernas. • Vasos sanitários adaptados já que os comuns são muito baixos e dificultam a independência do idoso na hora de sentar ou levantar. • Bancos ou cadeiras dentro do box para quando o indivíduo necessita lavar os pés ou enxugá-los. Já ima- ginou um idoso com pouco equilíbrio ficando num pé só? • Ambientes Iluminados são priorida- des, principalmente à noite. O uso de sensores pode ser bastante eficaz. • Tapetes devem ser TODOS RETIRA- DOS dentro de casa e principalmente dos quartos. Eles são um obstácu- lo para essas pessoas. Basta o que temos nas ruas! Além disso, a fisioterapia especializada na saúde do idoso pode ajudar a melhorar a ca- pacidade física, equilíbrio, locomoção, a dispo- sição para atividades físicas e, principalmente, reduzir a incidência de problemas de saúde li- gados aos movimentos, o que evitaria a pro- babilidade de uma queda. O mais importante é entender que garantir a acessibilidade não é apenas uma questão de segurança, mas de conforto e qualidade de vida para quem já tem uma perda natural das fun- cionalidades motoras. As quedas não podem ser vistas como uma situação normal, elas sinalizam que algo pode estar errado com a saúde ou com o ambiente que o idoso vive. Por isso, seja pre- cavido. Cuidado e atenção são essenciais para a longevidade da nossa família. 60% da população acima de 65 anos cai anualmente e em metade dos casos, a situação é recorrente. O problema é que por já haver uma fragilidade, a queda pode representar desde um trauma leve até uma fratura grave na perna, no braço ou costelas, levando a limitações funcionais e ao agravamento do estado de saúde do idoso. "P apai tinha 75 anos e estava ótimo até cair em casa. Teve uma fra- tura no quadril, ficou internado e após esse período, nunca mais foi o mesmo. Ficou acamado por meses, até que faleceu mês passado." Estava numa reunião de negócios quando um colega me abordou com essa frase. Para quem estava ao meu lado pareceu uma his- tória trágica que raramente ocorre. Ledo en- gano! Vejo esses relatos no consultório com muito mais frequência do que gostaria. O pior é que são sofrimentos que podem ser evita- dos. Sim, existem precauções indispensáveis para minimizar esses acidentes domésticos. Segundo a Sociedade Brasileira de Geria- tria, 60% da população acima de 65 anos cai anualmente e em metade dos casos, a situação é recorrente. O problema é que por já haver uma fragilidade, a queda pode representar desde um trauma leve até uma fratura gra- ve na perna, no braço ou costelas, levando a limitações funcionais e ao agravamento do estado de saúde do idoso. Como em qualquer acidente, inúmeros fatores contribuem para o aumento dos riscos. Existem aqueles relacionados a saúde como o uso de medicamentos, as condições clínicas, dificuldade ao caminhar, sedentarismo, estado psicológico, deficiência nutricional, declínio cognitivo, entre outros, e os que se referem a questões ambien- tais, ou seja, os cuidados a serem tomados dentro de casa. De acordo com o Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), simples adaptações no ambiente podem reduzir o número de quedas em até 25%. Seriam elas: LUCAS BRINO é fisioterapeuta neurofuncional, mestre em neurologia pela Unicamp, sócio-proprietário da clínica neuro reabilitação funcional, coordenador do setor de neurologia do Instituto Biosete. MEDIDAS SIMPLES QUE PODEM SALVAR UMA VIDA ARTIGO Acessibilidade: 134 • R e v i s t a G a l w a n R e v i s t a G a l w a n • 135
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