Revista Galwan 2020
MANAUS, PORTA DE ENTRADA A capital do Amazonas, Manaus, possui vida cultural intensa, na qual destacam-se o Festi- val Folclórico de Parintins (realizado em junho), com o duelo dos bois Garantido e Caprichoso, o Festival Internacional de Ópera (entre abril e junho) e o Festival Internacional do Cinema (em dezembro). Manaus também reúne restau- rantes que defendem a boa gastronomia da Amazônia, sempre baseada nos peixes da re- gião, como os já citados Pirarucu e Tambaqui. A cidade tem de cara como espetáculo da natureza o encontro das águas, uns três qui- lômetros depois do Porto de Manaus. O en- contro das águas é um fenômeno da junção dos rios Negro e Solimões. Suas águas correm lado a lado, sem se misturar, por cerca de 11 quilômetros. Elas não se misturam por conta da diferença de temperatura e de densidade. O Rio Solimões nasce nos Andes e desce desde TURISMO NACIONAL o Peru até Manaus. O Rio Negro, por sua vez, vem da densa floresta colombiana – também chamada de Amazonas colombiana - até Manaus, onde ocorre a confluência, passan- do assim a se chamar Amazonas. Aos poucos este encontro forma o Rio Ama- zonas, até desembocar no mar a cerca de 1.100 quilômetros dali, no Amapá. O encontro do Rio Amazonas com o Oceano Atlântico forma ou- tro fenômeno chamado Pororoca, que na tra- dução da língua indígena significa estrondar. E é isso mesmo que ocorre neste encon- tro, que acontece em vários pontos a partir da capital Macapá. O fenômeno gera ondas grandes e contínuas, perseguidas por surfistas de todo o mundo. Manaus, no entanto, é um dos maiores desti- nos turísticos do Brasil, localizada no centro da maior floresta tropical do mundo e tem como símbolo da cidade o Teatro Amazonas, cons- truído em pleno Ciclo da Borracha, e demons- trando todo o poderio econômico da época dos Barões da Borracha. O teatro datado de 1896 é monumental e merece ser visitado, sempre acompanhado por guias e com história que se mistura à da cidade. Assim como o teatro, a gastronomia é um or- gulho. Restaurantes como o Regional Banzeiro e Moquém do Banzeiro, este segundo uma versão mais contemporânea do tradicional, dedicada a grelhados em brasa. A cozinha informal do Banzeiro é feita por pratos da região ma- nauara, com temas da vida ribeirinha. Um dos destaques é a costela de tambaqui. A cozinha do Banzeiro é coordenada pelo chef Felipe Schaedler, que está lá desde a inauguração, em 2009. Além de apaixonado pela exuberância da floresta, ele tem pesqui- sado muito a cozinha regional, com criações usando produtos genuinamente amazônicos, e acumula vastas premiações. O Restaurante Caxiri Manaus é outra boa representação da culinária manauara e entre as sobremesas, destaque para a Surpresa de Tucupi e Cupuaçu com chocolate. As frutas da região também são muito exploradas na gastronomia seja em sucos, coquetéis, sobre- mesas e até em molhos. Manaus, contudo, não é apenas um ponto de partida para o ecoturismo, que pode ser praticado durante todo o ano, que oferece belas paisagens tanto na época de seca (de junho a setembro) ou de cheia (de dezembro a abril). Manaus tem seus encantos e merece, pelo menos, dois dias da viagem reservados para vivenciar a capital manauara. TURISMO NACIONAL 28 • R e v i s t a G a l w a n R e v i s t a G a l w a n • 29
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