Revista Galwan 2022
O preço do imóvel, consequen- temente, também aumentou, mas de forma sustentável. “O cus- to para produzir um imóvel no início de 2021 teve um índice de aumento quatro vezes maior que o da inflação no mesmo período. Digo que o aumento do imóvel foi sustentável porque o preço da mão de obra e dos insumos também aumenta- ram, inclusive pelos efeitos cambiais que privilegiam as exportações”, explica. Com todas incertezas do mercado, 2021 ter- mina com a valorização do mercado imobiliário, seja pela procura por um investimento seguro, valorização de Fundos Imobiliários, ou pela pró- pria geração de ganhos em cadeia pelos pro- jetos sociais de distribuição de renda. Segun- do Galvêas, a construção civil é um dos setores cuja cadeia produtiva mais emprega a mão de obra não especializada, irriga financeiramente os bairros mais carentes e faz a economia cir- cular. “O setor da construção civil foi um setor privilegiado na pandemia e felizmente uma ân- cora para a manutenção de empregos e desen- volvimento social”, afirma. MERCADO TORNA-SE INCERTO PARA 2022 Em 2022, a ordem é a busca pelo equilíbrio e a manutenção do setor da construção civil. Se- gundo o diretor-presidente da Galwan, José Luís Galvêas Loureiro, setores como o de tecnologia da informação, agropecuária e a própria cons- trução civil conseguiram passar por 2021 de for- ma estável, todos com forte ênfase em inovação. Em contrapartida, segundo ele, 2022 deverá começar com novas incertezas. “Os juros já co- meçaram a subir novamente e podemos ter um problema com relação à oferta e à demanda por produtos. Temos pessoas com dinheiro que desejam comprar imóveis ou fundo de ações imobiliárias, mas podem voltar para o mercado financeiro. Há também, por enquanto, falta de produtos, mas muitas previsões de lançamentos e esse é o risco, se a indústria não conseguir se planejar”, acredita. Além disso, 2022 vem com uma polarização política de situações antagônicas como refor- mas legislativas, questões cambiais e econômi- cas que podem gerar insegurança no mercado. O avanço da vacinação contra a Covid-19 e a normalidade desejável a todos são outros pontos importantes que o mercado imobiliário precisa observar no planejamento das ações futuras. “Com as pessoas imunizadas e o isola- mento social extinto, setores como o de turismo tendem a se fortalecer e as pessoas tendem a voltar a viajar e a gastar dinheiro com outras prioridades”, reforça. Para se manter competitivo, o setor produti- vo tem que observar com atenção ao equilíbrio da oferta de produtos com a demanda. “Acredi- to que depois desse evento pandêmico, o porto seguro das pessoas para investir vai continuar sendo a compra de um bem imóvel”. Galvêas afirma ainda que as empresas que trabalharem de forma fidedigna com as propos- tas alinhadas e bem definidas têm mais chan- ces de alavancar seus negócios. “Devemos ter uma preocupação com o que apresentamos ao cliente e com aquilo que realmente entregamos, afinal o imóvel muitas vezes é um investimento de uma vida toda e é nossa responsabilidade en- cantar as pessoas com um marketing ilustrativo e verdadeiro e entregar o prometido sem cau- sar frustrações ou descontentamento”, finaliza. INSTITUCIONAL 122 • R e v i s t a G a l w a n
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